5 Motivos para castrar seu gato
Já conhecida e popular, a cirurgia de
castração durante muito tempo foi permeada de mitos, diversos deles negativos.
Nos últimos anos, contudo, o que tem atraído a atenção dos gateiros e gateiras
são os benefícios que o procedimento pode proporcionar. A cirurgia, afinal, não
é importante apenas para impedir que os gatos se reproduzam. Além de poder
ajudar no convívio entre tutor e bichano, ela contribui para a saúde do animal.
Ainda está em dúvida se irá castrar seu companheiro felino?
Castrou, mas está com receio acerca do procedimento? Listamos 5 motivos que te
farão ter certeza de que a castração é extremamente importante para seu gato.
1. Diminui a marcação
Gatos machos também produzem testosterona, hormônio responsável
pelo comportamento típico masculino, entre eles a marcação de território por
meio da urina. Geralmente ela é feita para mostrar que aquele local pertence ao
bichano. Isso pode ocorrer, inclusive, dentro do ambiente familiar quando uma
nova pessoa ou animal está presente ou perto do território que ele considera
dele. Esse comportamento de marcação pode aparecer também em fêmeas,
principalmente quando estão no cio. Nesse caso, a urina é considerada uma forma
de comunicação entre os felinos.
Esse comportamento se reduz com a castração, a cirurgia retira
os testículos, órgãos produtores da testosterona. Nas fêmeas o hábito de
marcação também fica reduzido, pois não apresentam mais cio, período o qual
elas mais demarcam território. Contudo, ainda assim, alguns gatos castrados
podem continuar a apresentar esse comportamento. Na maioria das vezes a
persistência se deve às mudanças ocorridas na rotina e no ambiente de convívio
dos felinos, que podem causar estresse e ansiedade, gerando assim a marcação
por parte do animal.
2. Redução de brigas
Gatos machos brigam entre si principalmente para disputar
potenciais parceiras. O comportamento agressivo também é gerado pela
testosterona. Esse hormônio, que é o mesmo em todos os mamíferos, é importante
para o macho, pois proporciona força muscular e agressividade necessária na
vida selvagem. Na natureza, o gato mais forte e agressivo consegue maior número
de fêmeas e mais alimentos para manter a prole, permanecendo como macho
dominante.
Com a retirada dos testículos, a ausência do hormônio faz com
que cessem a maioria das brigas. Ainda assim, elas podem acontecer por outros
motivos, como disputa territorial com a chegada de outro gato em casa, por
exemplo, e disputa por alimentos.
3. Saídas são mais raras
Um dos principais motivos das saídas frequentes dos gatos machos
à rua é para procurar uma parceira. O comportamento sexual é produzido
principalmente pela testosterona, principal hormônio masculino nos mamíferos.
Sem testosterona o macho não tem mais libido (desejo sexual), tendendo a ficar
mais em casa e menos agressivo.
Já a fêmea, após a castração, também tende a ficar mais caseira
porque não precisa procurar parceiro sexual. Dessa forma, reduz-se a
possibilidade de acidentes automobilísticos e outros tipos de traumas mais
frequentes entre os bichanos que se aventuram pelas ruas. No entanto, o gato é
um caçador e pode querer sair de casa para caçar. Por isso, todo cuidado com o
animal é pouco. Janelas devem ser teladas e portas devem permanecer fechadas.
4. Prevenção de tumores
A cirurgia pode ajudar a prevenir o surgimento de tumores
(câncer). No caso dos machos, destaca-se os que acometem os testículos, que,
como qualquer outro órgão, podem apresentar neoplasias benignas ou malignas.
Com a retirada deles isso não é mais possível.
Já para as felinas, a castração é importante para evitar o
câncer de mama, pois, assim como as mulheres, elas
também podem ser acometidas por esse mal. A castração evita o aparecimento da
doença. Isso porque o câncer de mama em cadelas e gatas tem etiologia (causa)
hormonal, sendo que, na maioria das vezes, ele se origina de desequilíbrios dos
hormônios ovarianos. Com a castração os ovários são retirados, portanto não há
possibilidade de ocorrência de distúrbios hormonais.
É bom enfatizar que a prevenção do câncer de mama em gatas é
mais efetiva quando se pratica a castração precoce, ou seja, antes do primeiro
cio. Estudos mostram que, quando feita nesse período, a cirurgia previne a
doença em quase 100%. Já se ela for feita após o primeiro cio, a proteção cai
para 70% aproximadamente, a partir do segundo 50%, e a partir do terceiro a
cirurgia não protege mais contra a doença, mas continua sendo benéfica por
outros motivos.
A castração também evita a hiperplasia mamária felina. Essa
doença causa aumento generalizado das mamas, que infere muita dor ao animal e
pode levar à morte. Uma gata castrada, contudo, jamais desenvolve essa doença
porque ela é causada por distúrbio hormonal ovariano, ou seja, os hormônios
ovarianos apresentam anormalidades, que podem levar a cistos ovarianos e,
consequente, desequilíbrio hormonal. A doença, inclusive, pode ser desencadeada
pela administração de anticoncepcionais injetáveis. Com a retirada dos ovários,
não há possibilidade de desenvolvimento da enfermidade e essa proteção
independe da idade em que foi realizada a castração. A doença, contudo, é mais
comum em gatas jovens.
A castração evita a piometra, uma infecção de útero muito grave.
Se não for tratada adequadamente, a gata pode até morrer devido ao problema.
Uma gata castrada, porém, jamais desenvolve essa doença, independentemente da
idade em que a cirurgia foi feita. Isso acontece porque, durante a castração, é
retirada maior parte do útero da gata e como a piometra se caracteriza por
acúmulo de pus dentro desse órgão, retirando-o eliminamos o problema. Além
disso, em muitas ocasiões a doença se origina também de desequilíbrio dos
hormônios ovarianos, que são extraídos na castração. É bom lembrar que anticoncepcionais
injetáveis também podem fazer o animal ter piometra.
5. Maior expectativa de vida
Vários artigos científicos atentam que gatas e gatos castrados
vivem mais. A expectativa de vida, contudo, pode mudar com o comportamento
social de gatos. Dessa maneira, felinos castrados domiciliados podem chegar a
20 anos. Se não for domiciliado, porém castrado, a expectativa de vida se reduz
um pouco, mas pode chegar a 10 anos. Gatos de rua não castrados têm expectativa
de vida muito curta, aproximadamente três anos. Tais dados específicos não são
baseados em estudos científicos, mas em observações de médicos veterinários que
trabalham com a espécie. O aumento da expectativa de vida em gatos castrados
provavelmente se deve ao fato de que tais animais são menos sujeitos a traumas,
brigas, neoplasias e doenças infecciosas.
E é isso, beijos e meowww!
Fonte: https://www.revistapulodogato.com.br/materias/ler-materia/242/10-motivos-para-castrar-seu-gato
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